PERFIL PADRÃO "BAIA-FARTA"




INTRODUÇÃO:

 
A "Radial Padrão Baia Farta" consiste em oito estações fixas situadas numa radial com origem sobre a plataforma continental frente à Baia Farta e orientada numa direcção WNW com um comprimento de cerca de 70 milhas náuticas (Fig. 1). Na Tabela 1 indicam-se as coordenadas geográficas médias das estações e as distâncias (em milhas náuticas) entre estações consecutivas.
 
As observações da Radial Padrão Baia Farta iniciaram-se em Janeiro de 1968 e terminaram em Abril de 1975. Em 1968 e 1969 as observações foram escassas e irregulares mas, de Janeiro de 1970 até ao final do período das observações, a Radial foi ocupado com uma periodicidade mensal.

Para as observações foram utilizados os dois navios de investigação, o N.I."Goa", de preferência, e a traineira "Sardinella" durante os impedimentos do primeiro. Devido às diferenças de capacidade operacional e dos equipamentos de observação instalados,  as rotinas das observações oceanográficas a bordo dos dois navios foram diferentes. Assim, nas estações oceanográficas efectuadas a bordo do "Goa", nas baixadas com garrafas "Nansen", utilizaram-se 13 garrafas até à profundidade nominal máxima de 500 metros, enquanto que a bordo da "Sardinella" se utilizaram apenas 9 garrafas até à profundidade máxima de 200 metros. Por sua vez, utilizaram-se em ambos os navios batitermógrafos mecânicos até à profundidade máxima de 275 metros. As rotinas de observação incluíram ainda, em ambos os navios, os registos da velocidade e direcção do vento (metros por segundo - octante).
 

Durante o período de Janeiro de 1968 a Abril de 1975 a Radial "Baía-Farta" foi observada 71 vezes, 45 com o N.I. "Goa" e 26 com a traineira "Sardinella"  (ver Tabela 2).  A partir de Julho de 1972 as observações efectuadas com o N.I. "Goa" (num total de 26 cruzeiros) passaram a incluir a observação do oxigénio e dos fosfatos e silicatos inorgânicos dissolvidos.


CARACTERIZAÇÃO HIDROCLIMÁTICA


1. Regime dos Ventos sobre a superfície do mar.

Em todas as estações de todos os cruzeiros efectuados obser-vou-se a direcção do vento (por octante) e mediu-se a respectiva força (em m/s). Para reduzir, o mais possível, os efeitos induzidos na direcção e na força do vento pela fronteira mar-terra consideraram-se apenas, e em conjunto, as observações feitas nas três estações mais afastadas da linha da costa (Figura 2).    

Para obter uma descrição mais detalhada do regime de ventos durante o período de observação da Radial (1968 - 1975), os resultados das observações do vento foram agrupadas por trimestre.

Nas Tabelas 3 e 4 sumarizam-se os resultados obtidos que repre- sentam as condições médias do regime de ventos no período 1968-1975 ao largo da zona central da costa de Angola. Para efeitos comparativos com outros resultados relativos a outras épocas, aceita-se que os resultados agora apresentados se referem ao quadrângulo - 11º50'/12º20'S : 12º10'/12º40'W, de 0,5ºx0,5º, representado na Figura 2.

Na Figura 3, ao lado, está representada a distribuição das frequências dos ventos pelas oito direcções consideradas, relativas à totalidade das observações (N=282). Este resultado representa assim o padrão da distribuição da direcção dos ventos no "Ano Médio" no período de 1968 a 1975.

Com o objectivo de se obter uma informação visual mais detalhada, relativamente ao padrão da variação anual da direcção dos ventos, os resultados foram subdivididos por trimestre, tal como se mostra na Figura 4.

BF-varTS-10e100
BF-varTS-anual-0e50
Salinidade Isentrópica
TSMedAno248
TSMedAno-10-100
Correntes geostróficas
Ano Total Variabilidade
G740901